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Random pieces of me

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Update: faculdade, saúde mental, relacionamento

     Sinto que passou uma eternidade desde a última vez que escrevi aqui no blog...bem, e, de facto, 3 meses não é pouco tempo. Sinto, também, que passou ainda mais tempo desde que escrevia com alguma regularidade no blog. A verdade é que a minha vida mudou drasticamente com a entrada na faculdade. Como alguns de vocês sabem, antes de entrar na faculdade tive um gap year, e, portanto, já não estava habituada a toda a rotina em contexto escolar. Ainda para mais, a faculdade não é pêra doce...Eu sempre soube que a faculdade era difícil, que dava imenso trabalho e que era um nível de exigência muito diferente do que estava habituada nos meus 12 anos de escola. No entanto, só quando cheguei lá é que percebi realmente o quão difícil é! Não me posso queixar em alguns aspectos: tive professores excelentes, sempre prontos a ajudar e que nos incentivam a "pensar fora da caixa", e arranjei um grupinho que eu adoro, que me ajudou a sobreviver à faculdade. De facto, nunca pensei vir a ter colegas na faculdade de que gostasse tanto, devido ao facto de ter um grupo de amigos bastante sólido fora dali.

     Bem, tanta coisa se passou desde a minha ausência...E mesmo enquanto ia aparecendo aqui de vez em quando, há tanta coisa que ficou por dizer... Creio que o assunto mais importante a mencionar, e do qual vou falar por ser algo que deve ser falado abertamente, é a minha saúde mental. Sem rodeios, a depressão bateu-me à porta. Não há nenhum motivo concreto, não aconteceu nenhuma catástrofe na minha vida. Não sei dizer exactamente quando começou, porque é algo que se vai manisfestando gradualmente, ficando cada vez pior. Ainda hoje, não sei se foi causa ou consequência, mas a certo ponto eu refugiava-me no trabalho todo da faculdade...esse passou a ser o meu único foco. Tenho o dom de exigir mais de mim própria do que outra pessoa qualquer exige de mim, e de criar uma pressão enorme sob mim própria. A certo ponto, isolei-me do mundo, e mesmo quando fazia o esforço de estar com as pessoas mais próximas de mim, era exactamente isso, um esforço...Já não me sentia bem com eles, não por algo que eles tivessem feito, apenas por mim própria. Chorava todas as noites, sem motivo concreto, e passava os dias presa na minha escuridão interior. Tentei continuar com a minha rotina usual, e efectivamente, em grande parte consegui, porém, até as tarefas mais simples me custavam. Além disso, os meus hobbies favoritos deixaram de me dar qualquer tipo de prazer. Não tinha apetite, e o que comia era simplesmente para manter o meu corpo a funcionar. Durante muito tempo consegui esconder do mundo como realmente me sentia...Nunca gostei de me sentir vulnerável perante os outros, e, portanto, escondi até já ser insuportável esconder. Eventualmente, as pessoas perceberam que algo não estava bem comigo, mas ninguém tinha realmente a noção do grau de gravidade. Devido ao facto de ser "boa actriz", acabei por ser eu a ter de pedir ajuda, porque não queria continuar a sentir-me daquela maneira. Bem, depois de ir a uma psiquiatra, que me diagnosticou com uma depressão moderada, comecei a tomar medicação e as coisas melhoraram aos poucos. Agora estou, sem dúvida, muito melhor. Foi um grande esforço acabar o 2º semestre, mas consegui, felizmente. O meu primeiro ano está concluído, e as notas nem foram más tendo em conta as circunstâncias. A partir de agora, tudo o que eu mais quero é tentar deixar de criar tanta pressão em cima de mim e tentar levar as coisas com mais calma para não caír novamente num abismo que aparenta não ter fim.

     Com isto tudo, a minha relação acabou. Parcialmente por minha culpa, porque acabei por o ir afastando de mim devido às circunstâncias. Quando não estamos bem connosco próprios é muito difícil estarmos bem com os outros... No entanto, cheguei à conclusão de que não perdi nada, porque as atitudes finais dele foram muito, muito baixas. Assim sendo, eliminei-o completamente da minha vida, e não tenho a menor dúvida de que foi uma boa decisão.

     De momento, estou a tentar aproveitar as minhas férias da melhor forma possível, concentrando-me muito na minha saúde mental e em tentar melhorar-me como pessoa e na forma como encaro a vida. Muito filosófico, eu sei. Apesar de estar melhor, não me sinto feliz e sinto que algo está a falhar na minha vida, e, portanto, espero que em breve consiga descobrir o caminho que me vai ajudar neste sentido.

     Bom, se chegaram até aqui, parabéns, porque realmente é um texto enorme...Só queria acabar este longo texto por vos alertar para o facto de a vossa saúde mental ser muito importante, e para nunca a menosprezarem!

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Dia Mundial de Conscientização do Autismo

     Há 7 anos e meio nasceu a razão pela qual este dia tem significado para mim. Podemos ser todos sensíveis à causa, mas a verdade é que só percebemos mesmo a importância deste dia quando temos esta experiência perto de nós. O meu irmão mais novo mostrou-me um mundo completamente novo e diferente desde o momento em que nasceu. Durante estes 7 anos e meio, aprendi tanto com ele...é incrível como um ser tão pequeno pode ter tanto impacto na nossa vida! Ter esta experiência na minha vida fez-me crescer de uma maneira que eu nunca pensei. Passei a dar muito mais valor às coisas mais simples da vida, isto porque todos os dias sou surpreendida com pequenas conquistas, que para uma criança com um desenvolvimento normativo (infelizmente) se tornam irrelevantes, porém, no caso dele são de extrema importância e têm um valor incalculável.

     O meu irmão é autista, sim, mas isso não é tudo o que o define, aliás, isso é apenas uma pequena parte de quem ele é. Há tantas mais coisas que o definem e o que o fazem ser quem ele é. Por exemplo, ele tem o riso mais bonito e contagiante que já vi, acreditem que é muito difícil estar triste ao pé dele. Sem dúvida alguma que um dos seus dons é trazer alegria à vida das pessoas. Que mais? Bem, é das crianças mais inteligentes que já conheci e tem uma personalidade muito forte. Adora jogar jogos, ver desenhos animados e ouvir música. É, também, um menino muito carinhoso, e faz-me sempre sentir tão, mas tão amada!

     Isto para mim é uma realidade, e como tal, é algo "normal" (estou a utilizar a palavra "normal" entre aspas, porque não é uma palavra que eu goste especialmente). Para mim, ele é uma criança super especial, mas "normal". No entanto, não é assim aos olhos da sociedade. Infelizmente, não é algo que o cidadão comum compreenda, ou queira compreender. Tudo o que seja à margem do conceito de normalidade das pessoas, tende a ser desprezado (não por toda a gente, mas pela grande maioria). Como tal, tenho imensas preocupações futuras...Como será que ele vai ser tratado pelos colegas da escola ao longo dos anos? Será que vai conseguir estabelecer amizades? Será que vai encontrar alguém que o ame e que veja o quão especial ele é? Será que vai conseguir um emprego estável que o preencha interiormente? Será que vai ser feliz? Acima de tudo, o que eu quero é que ele seja feliz e respeitado pelo mundo, o resto é resto.

     "A child with autism is not ignoring you, they are simply waiting for you to enter their world." 

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Primeiro post do ano

     Estou a escrever o primeiro post do ano a meio do mês de Fevereiro...numa escala de 0 a 10, avaliem quão má blogger eu sou? Bem, já se passou tanto tempo, já aconteceu tanta coisa e eu tenho tanto para dizer que nem sei por onde começar...

     Em primeiro lugar, espero que o vosso natal e ano novo tenham sido excelentes! Tal como no ano passado, o meu natal não foi propriamente bom, mas ao menos não foi tão mau como no ano passado. Porém, mais uma vez, para compensar, tive uma passagem de ano 5 estrelas! Desta vez foi uma passagem de ano diferente da anterior, em vez de ser passada na rua/bar, foi passada em casa com o meu grupo de amigos. Foram passagens de ano completamente opostas de um ano para o outro, mas ambas fenomenais!

Concluí que 2016 foi um ano muito bom...conquistei imensa coisa!! Consegui tirar a carta, entrei na faculdade no curso que eu tanto queria, fiz a minha primeira tatuagem, criei um grupo de amigos espectacular, passei momentos maravilhosos, entre outras tantas coisas! No que diz respeito ao blog, não tenho muito que me orgulhar, visto que não sou propriamente muito consistente, mas ao menos consegui completar "com sucesso" o desafio das 52 semanas (muitas das vezes super atrasado, mas pronto...).

     Em segundo lugar, sobrevivi à minha primeira época de frequências...os resultados não foram tão bons como eu gostaria, mas tendo em conta que sou sempre super exigente comigo própria, nem foi mau. Se tinha vontade de me mandar de uma ponte de 5 em 5 minutos? Sim. Se estive quase a internar-me num hospital psiquiátrico? Sim. Porém, o que importa é que sobrevivi! Consegui passar a tudo à primeira, e, por isso, consegui duas semaninhas de férias, que, honestamente, me souberam a pouco. Estou actualmente na 3ª semana de aulas, e a tentar ser mais organizada no que diz respeito aos estudos.

     Em terceiro lugar, tendo em conta o dia de hoje, se calhar devia mencionar que, aparentemente, deixei de ser solteira. Foi algo inesperado, mas bom. Estou com uma pessoa 5 estrelas que compreende o meu passado e que, aos poucos, me tem vindo a ajudar a ultrapassar alguns traumas. Somos um pouco pólos opostos, não de uma forma extrema e incompatível, mas sim de uma forma em que nos completamos.

     Por último, gostava de mencionar o motivo que me fez ter ainda mais vontade de voltar a escrever aqui no blog, porque acreditem, eu saudades tenho muitas, mas o cansaço a maior parte das vezes não mo permite. Porém, há uns dias recebi um comentário que mexeu comigo...consegui ajudar alguém com um dos meus posts, e isso deu-me motivação para voltar e, pelo menos, tentar ser mais regular e tentar trazer mais conteúdo para o blog.

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Travel diary: fim de semana de aventura

     Mais de um mês depois do dito fim de semana, consigo, finalmente, contar-vos como correu. Quase que nem valia a pena, mas apetecia-me relembrar os momentos fantásticos que tive, por isso, decidi vir escrever sobre isto, mesmo passado tanto tempo.

Tal como eu previa, divertimo-nos imenso, todos adorámos, e ficámos super tristes quando tivemos de vir embora... 

 

Sexta feira (9 de Setembro de 2016)

     Partimos depois de almoço, e passámos a viagem a ouvir música e a cantar, super entusiasmados com a aventura que nos esperava. Quando chegámos ao nosso destino, fomos a casa deixar as nossas malas e, de seguida, fomos à compras para encher o frigorífico e a dispensa. Já tínhamos pensado previamente num menu, o que nos facilitou imenso o processo. Também comprámos algumas bebidas alcoólicas, porque pronto, é engraçado fazer uns drinking games de vez em quando, e nada melhor do que um ambiente controlado para fazer esse tipo de coisas.

     Voltámos para casa, descansámos um bocadinho e, de seguida, fomos tratar do jantar (bifes de peru com molho de cervejeira e massa). Depois do jantar, dos cafés, da louça lavada e de muita conversa, lá jogámos alguns drinking games, com especial destaque para o never have I ever. Posso-vos dizer que houve revelações muito interessantes  Quando percebemos que devíamos parar, fomos para o terraço conversar e ver as estrelas, algo que adoro fazer em sítios mais remotos, porque vêm-se super bem! Estava cheia de frio, por isso tive a ideia maravilhosa de ir buscar dois edredões e almofadas. Metemos um edredão e as almofadas no chão e tapámo-nos com o outro edredão. Foi uma experiência única, sem dúvida, uma das minhas partes favoritas da viagem! Começámos a ficar com sono, por isso, decidimos ir para dentro e tratar das camas. Abrimos o sofá cama da sala e levámos para lá um colchão, porque decidimos dormir lá todos juntos.

 

Sábado (10 de Setembro de 2016)

     Fui a primeira a acordar. Estranhei a cama. Eventualmente, decidi levantar-me e ir fazer o meu pequeno almoço. Fui comer para o terraço enquanto apanhava um pouco de sol e admirava a paisagem e o silêncio do campo. Senti-me em paz.

     Entretanto, a B. acordou e, depois de ela tomar o pequeno almoço, vestimos os nossos bikinis e fomos apanhar sol para o terraço. Acabámos por ter de arrancar os rapazes da cama, se não, por eles ficavam a dormir o dia todo. Fizemos o almoço (hambúrgueres com arroz e salada), comemos, bebemos café, lavámos a louça e fomos arranjar-nos para irmos passear. Explorámos, tirámos fotos, bebemos um sumo numa esplanada e vimos o pôr do sol. Foi um passeio fantástico.

     Voltámos para casa e fizemos o jantar (esparguete à bolonhesa). Depois de todo aquele ritual de comer, beber café e lavar a louça, decidimos voltar aos nossos famosos drinking games. Jogámos alguns dentro de casa, mas, entretanto, apeteceu-nos "montar o nosso estaminé" no terraço. Desta vez ficámos sentados em cadeiras tapados com os edredões. Trouxemos uma mesa, as bebidas e junk food. No meio disto tudo, soube que entrei na faculdade, na minha primeira opção, ou seja, foi motivo para celebrar! Continuámos os drinking games, conversámos e rimos durante umas boas horas.

     Fomos para baixo fazer pipocas para vermos um filme...bem, isto supostamente, porque eu adormeci num piscar de olhos, sem comer pipocas nem ver nada de nada. Estava exausta, porque não tinha dormido muito na noite anterior e tínhamos andado imenso naquele dia.

 

Domingo (11 de Setembro de 2016)

     Desta vez não fui a primeira a acordar. A B. acordou primeiro do que eu, porque tinha prometido no dia anterior que iria fazer panquecas (as melhores panquecas do mundo, passo a acrescentar!). Por solidariedade, quando a ouvi, não me virei para o outro lado para dormir mais. Sou uma excelente amiga, eu sei  Fizemos as panquecas e acordámos os rapazes, que, como de costume, não queriam sair da cama por nada deste mundo, quase nem pelas panquecas!!! (Se vocês se estão a perguntar como é possível, posso já dizer-vos que eu também não sei, pois como vos disse, são as melhores panquecas do mundo, sem exagero!).

     Acabou por ser um lazy day: passámos a tarde na cama a ver filmes. Estávamos cansados dos dias anteriores e já se notava no ar uma certa tristeza por irmos embora nesse dia. Chegou, então, a hora do jantar que consistiu em restos dos outros dias.

     Limpámos e arrumámos a casa, fizemos as malas, arranjámo-nos e fizemos pipocas para a viagem. Antes de partirmos de vez, voltámos à esplanada que tínhamos ido no sábado para bebermos um café, e depois sim, fomos embora, com muita tristeza nossa. É um fim de semana que dá saudade, mesmo muita. Foi a melhor forma de acabar as férias de verão!

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Uma novidade fresquinha!!!

     Mais uma vez, venho aqui dar um saltinho muito rápido para vos contar uma novidade. Continuo com posts em atraso, isto porque, realmente, a minha vida nas últimas semanas tem sido uma correria autêntica, literalmente não tenho tempo para nada! Pior, agora vou adicionar mais posts em atraso à lista, porque quero contar-vos como foi o meu primeiro dia de aulas e dar-vos um update nas remodelações do meu quarto, mas não tenho mesmo tempo agora.

     Passando à novidade, que é isso que importa: tenho, finalmente, carro! O meu primeiro carro! Não estão bem a ver a minha cara de parva ontem quando a minha mãe me passa a chave do carro para a mão sem eu estar, de todo, à espera. Estou tão feliz! Sinto que tudo na minha se está a compor aos poucos e a ir numa boa direcção.

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